Ana Terra descia a coxilha no alto da qual ficava o rancho...

Ana Terra descia a coxilha no alto da qual ficava o rancho da estância, e dirigia-se para a sanga, equilibrando sobre a cabeça uma cesta cheia de roupa suja....

UniCEUB - História e Geografia de Estados e Municípios - 2019 - Vestibular de Medicina

Ana Terra descia a coxilha no alto da qual ficava o rancho da estância, e dirigia-se para a sanga, equilibrando sobre a cabeça uma cesta cheia de roupa suja. Tinha vinte e cinco anos e ainda esperava casar. Não que sentisse muita falta de homem, mas acontecia que casando poderia ao menos ter alguma esperança de sair daquele cafundó, ir morar no Rio Pardo, em Viamão ou até mesmo voltar para a Capitania de São Paulo, onde nascera. Ali na estância a vida era triste e dura. Moravam num rancho de paredes de taquaraçu e barro, coberto de palha e com chão de terra batida. Em certas noites Ana ficava acordada debaixo das cobertas, escutando o vento, eterno viajante que passava pela estância gemendo ou assobiando, mas nunca apeava do seu cavalo. (Erico Veríssimo. O tempo e o vento – o continente, 1997. Adaptado.)
O trecho descreve o cotidiano e as vivências da personagem Ana Terra. Do ponto de vista geográfico, o excerto apresenta características do espaço rural do Rio Grande do Sul e ainda destaca

A) a rede hidrográfica, na qual a sanga corresponde à jusante do curso d’água principal de uma bacia hidrográfica.

B) o movimento migratório, em que o casamento da personagem representa a possibilidade da migração sazonal.

C) a forma do relevo, no qual as coxilhas correspondem às colinas com elevações arredondadas de pequena altitude.

D) o deslocamento dos ventos, em que a atuação da massa polar atlântica (mPa) favorece a formação dos alísios de sudeste.

E) a estrutura da terra, na qual a estância representa a expansão das frentes pioneiras através de latifúndios monocultores.

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