Questões de Português para Vestibular

cód. #6881

INEP - Português - 2018 - Exame - Linguagens, Artes, Educação Física, História e Geografia - Ensino Fundamental


    Basta alguém ter passado dos trinta para se lembrar perfeitamente de uma infância sem telefone celular, tablets ou computadores. Para estudar, divertir-se e passar o tempo, não havia o virtual: além do mundo real, só mesmo a nossa imaginação – e ela, nossa imaginação, era quem sempre melhor nos acompanhava na hora das brincadeiras infantis. Talvez pareça espantoso, mas as crianças divertiam-se tanto ou mais no passado, sem virtualidade nem tanta tecnologia, quanto hoje. Livros, gibis, jogos, bonecos, correr, dançar, andar de bicicleta e brincar de forma geral – além, é claro, dos próprios amigos – faziam a felicidade da criançada.

Disponível em: www.londrinando.com. Acesso em: 17 mar. 2018 (adaptado).

Com base no texto, as brincadeiras são identificadas como um(a)

A) prática com dimensões cultural e histórica.

B) aspecto que desapareceu do cotidiano das crianças.

C) resultado da virtualidade e da tecnologia no mundo real.

D) atividade presente somente na infância de pessoas mais velhas.

A B C D E

cód. #7137

COPESE - UFT - Português - 2018 - Vestibular - Primeiro Semestre - Língua Portuguesa, Inglês e Matemática

Opinião não é argumento
Aqui está uma história que pode ser verdadeira no contexto atual do Brasil. Um jovem professor de Filosofia, instruindo seus alunos à Filosofia da Religião, introduz, à maneira que a Filosofia opera há séculos, argumentos favoráveis e contrários à existência de Deus. Um dos alunos se queixa, para o diretor e também nas onipresentes redes sociais, de que suas crenças religiosas estão sendo atacadas. “Eu tenho direito às minhas crenças”. O diretor concorda com o aluno e força o professor a desistir de ensinar Filosofia da Religião.
Mas o que é exatamente um “direito às minhas crenças”? [...] O direito à crença, nesse caso, poderia ser visto como o “direito evidencial”. Alguém tem um direito evidencial à sua crença se estiver disposto a fornecer evidências apropriadas em apoio a ela. Mas o que o estudante e o diretor estão reivindicando e promovendo não parece ser esse direito, pois isso implicaria precisamente a necessidade de pôr as evidencias à prova.
Parece que o estudante está reivindicando outra coisa, um certo “direito moral” à sua crença, como avaliado pelo filósofo americano Joel Feinberg, que trabalhou temas da Ética, Teoria da Ação e Filosofia Política. O estudante está afirmando que tem o direito moral de acreditar no que quiser, mesmo em crenças falsas.
Muitas pessoas acham que, se têm um direito moral a uma crença, todo mundo tem o dever de não as privar dessa crença, o que envolve não criticá-la, não mostrar que é ilógica ou que lhe falta apoio evidencial. O problema é que essa é uma maneira cada vez mais comum de pensar sobre o direito de acreditar. E as grandes perdedoras são a liberdade de expressão e a democracia.
[...] A defesa de uma crença está restrita ao uso de métodos que pertence ao espaço das razões – argumentação e persuasão, em vez de força. Você tem o direito de avançar sua crença na arena pública usando os mesmos métodos de que seus oponentes dispõem para dissuadi-lo. O pior acontece quando crenças se materializam em opinião, e são usadas como substitutas de argumentos, quando o “Eu tenho direito às minhas crenças” se transforma em “Eu tenho direito à minha opinião”. Crenças e opiniões não são argumentos. Mais precisamente, crenças diferem de opinião, que diferem de fatos, que diferem de argumentos. Um fato é algo que pode ser comprovado verdadeiro. Por exemplo, é um fato que Júpiter é o maior planeta do sistema solar tanto em diâmetro quanto em massa. Esse fato pode ser provado pela observação ou pela consulta a uma fonte fidedigna.
Uma crença é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade, como “passar debaixo de uma escada dá azar”. Isso certamente não pode ser provado (ou pelo menos nunca foi). Mas a pessoa ainda pode manter sua crença, como vimos, se não pelo “direito evidencial”, apelando para o “direito moral”. Ou ainda, pelo mesmo “direito moral”, deixar de acreditar no que ela própria pensa ser evidência, como no caso do famoso dito (atribuído a Sancho Pança): “Não creio em bruxas, ainda que existam”. [...]

Fonte: CARNIELLI, Walter. Página Aberta. In: Revista Veja. Edição 2578, ano 51, nº 16. São Paulo: Editora Abril, 2018, p. 64 (fragmento adaptado). 
Sobre a interpretação do texto, assinale a alternativa CORRETA.

A) O autor expõe que opiniões pessoais devem ser expressas em ambientes acadêmicos em detrimento de outros, pois as opiniões manifestadas, fora desses ambientes, podem ferir o princípio da liberdade de expressão.

B) O autor analisa a falta de conhecimento dos professores, quanto aos conceitos presentes no campo da Ética, principalmente quando utilizam argumentos sem fundamentação científica.

C) O autor procura demonstrar que as pessoas podem possuir diferentes crenças, mas, para defendê-las, precisam usar da argumentação e da persuasão.

D) O autor condena o fato de as pessoas se fundamentarem em argumentos em defesa de um ponto de vista.

A B C D E

cód. #8161

IF-RS - Português - 2018 - Vestibular

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

NOGUEIRA, Salvador. Os legados do gênio Stephen Hawking, na ciência e na vida. Disponível em:<https://super.abril.com.br/ciencia/os-legados-do-genio-na-ciencia-e-na-vida/>. Acesso em: 22 mar. 2018. (adaptado)

Considere as seguintes afirmações acerca do emprego de tempos verbais no texto.

I - Os verbos “seria” (l. 01) “ entrou” (l. 05) estão conjugados no modo indicativo. II - Todos os verbos do quarto parágrafo estão conjugados no pretérito imperfeito do indicativo, porque fazem referência a rotinas e hábitos do passado. III - Os verbos “Imagine ” (l. 18) “acho” (l. 27) estão conjugados no presente do subjuntivo. Quais estão corretas?
Quais estão corretas?

A) Apenas I.

B) Apenas II.

C) Apenas III.

D) Apenas I e II.

E) I, II e III.

A B C D E

cód. #9441

UDESC - Português - 2018 - Vestibular - Matemática \ Biologia \ Inglês \ Português - manhã

Analise as proposições em relação ao Texto 3, e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
( ) Em “Onde já se viu favelado com estas finezas?” (linha 7) as palavras destacadas são, na morfologia, sequencialmente, pronome interrogativo, advérbio, conjunção subordinada integrante, preposição e pronome demonstrativo. ( ) A obra retrata que Carolina era uma mulher forte, com planos e objetivos determinados e que em momento algum, durante o período em que viveu na favela, deixou-se abater pela pobreza e pelas dificuldades encontradas. ( ) Da estrutura “ A unica coisa que eles querem saber são os nomes e os endereços dos pobres” (linhas 22 e 23) percebe-se a crítica de Carolina em relação à assistência social aos necessitados, uma crítica aos órgãos governamentais assistencialistas para quem deles precisa. ( ) Da leitura do período “vende eu para a Dona Julita, porque lá tem comida” (linha 16), infere-se que a maior necessidade da família de Carolina é a sobrevivência, e que a maior mazela da classe social, a que Carolina pertence, é a fome. ( ) Em “Eu hoje estou triste” e “Estou nervosa” (linha 1) as duas orações, quanto à sintaxe, têm predicado nominal, e as palavras destacadas são predicativo do sujeito.
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.

A) V -V -F -F -V

B) F - F - V - V - V

C) F - V - F - V - V

D) V - V - V - V - F

E) F - V - V - V - F

A B C D E

cód. #9697

VUNESP - Português - 2018 - Vestibular 2 semestre

Considere o poema do livro A cinza das horas, de Manuel Bandeira.

Oceano

Olho a praia. A treva é densa. Ulula o mar, que não vejo, Naquela voz sem consolo, Naquela tristeza imensa Que há na voz do meu desejo.

E nesse tom sem consolo Ouço a voz do meu destino: Má sina que desconheço, Vem vindo desde eu menino, Cresce quanto em anos cresço.

— Voz de oceano que não vejo Da praia do meu desejo...
(Estrela da vida inteira. 20. ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1993)


Acerca desse poema, está correto o que se afirma em:

A) A representação da natureza segue as lições do Manifesto Antropófago, que buscava um Brasil primitivo, indiferente ao progresso.

B) A ausência de rimas deixa perceber o modo como o poema antecipa uma linguagem que será a marca registrada dos poetas modernistas.

C) A descrição realista e a ausência da linguagem figurada são traços que ligam o poema à poesia parnasiana, ridicularizada na Semana de 22.

D) Os versos metrificados denunciam a adesão à poesia tradicional, a qual foi posteriormente criticada pelo Modernismo de 1922.

E) O tom intimista dos versos é condizente com a poesia realista, embora a descrição objetiva do oceano seja própria do Simbolismo.

A B C D E

cód. #6882

INEP - Português - 2018 - Exame - Linguagens, Artes, Educação Física, História e Geografia - Ensino Fundamental

Como as aranhas fazem sua teia?

    As aranhas têm 2, 4 ou 6 tubinhos no abdômen, chamados fiandeiras. Para fazer as teias, o líquido que sai das fiandeiras endurece, adquirindo a forma de fios, como naquela máquina que faz algodão-doce. As teias funcionam como armadilhas para insetos, dos quais as aranhas se alimentam.

DUARTE, M. A arca dos bichos. São Paulo: Cia. das Letrinhas, 1999.

O texto apresenta uma explicação fundamentada nas ciências sobre o mecanismo de confecção de teias de aranha. Esse texto tem o papel predominante de

A) convencer.

B) informar.

C) entreter.

D) narrar.

A B C D E

cód. #8162

IF-RS - Português - 2018 - Vestibular

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

NOGUEIRA, Salvador. Os legados do gênio Stephen Hawking, na ciência e na vida. Disponível em:<https://super.abril.com.br/ciencia/os-legados-do-genio-na-ciencia-e-na-vida/>. Acesso em: 22 mar. 2018. (adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta, no texto, os sentidos, contextualmente adequados, para os nexos “Entretanto” (l. 05), “Logo” (l. 13) e “para” (l. 19), nesta ordem.

A) contraste – explicação – finalidade

B) concessão – conclusão – conformidade

C) contraste – conclusão – finalidade

D) concessão – explicação – finalidade

E) condição – finalidade – conformidade

A B C D E

cód. #9442

UDESC - Português - 2018 - Vestibular - Matemática \ Biologia \ Inglês \ Português - manhã

Analise as proposições em relação à obra Quarto de Despejo: diário de uma favelada, Carolina Maria de Jesus, e ao Texto 3.
I. Da leitura da obra, percebe-se que a escritora emprega uma linguagem que ora se aproxima da oralidade, a exemplo “viludo” (linha 13), por não ter concluído o ensino básico; ora faz uso de palavras mais cultas como “ostenta” (linha 12) e “propalado” (linha 20), evidenciando o conhecimento de suas leituras. II. Da leitura da obra, infere-se que Carolina não gostava de dias chuvosos, uma vez que nestes dias não conseguia catar papelão, outros materiais e, consequentemente, eram dias em que não obtinha dinheiro para o sustento dela e da família. III. No período “ - Mamãe, vende eu para a Dona Julita” (linha 16) a palavra destacada é, na morfossintaxe, substantivo e sujeito. IV. A obra pertence ao gênero “diário”, está em 1a pessoa, e registra, entre 1955 e primeiro de janeiro de 1960, a vida de Carolina, dos filhos dela e de outras pessoas que viviam na favela do Canindé (SP). V. No período “Tem uns metais e um pouco de ferro que eu vou vender no Seu Manuel" (linhas 4 e 5) destacou-se o personagem que juntamente com Raimundo, um belo cigano, e também Orlando, um corajoso nortista, disputavam o amor de Carolina e com ela desejavam casar.
Assinale a alternativa correta.

A) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.

B) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.

C) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.

D) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.

E) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras

A B C D E

cód. #9698

VUNESP - Português - 2018 - Vestibular 2 semestre

Leia o trecho de São Bernardo, de Graciliano Ramos, para responder às questão.

   Conforme declarei, Madalena possuía um excelente coração. Descobri nela manifestações de ternura que me sensibilizaram. E, como sabem, não sou homem de sensibilidades. É certo que tenho experimentado mudanças nestes dois últimos anos. Mas isto passa.
(S. Bernardo. 93. ed. Rio de Janeiro, Record, 2012)
“Descobri nela manifestações de ternura que me sensibilizaram.”
Está escrito em consonância com o conteúdo dessa frase e com uma forma verbal na voz passiva o que se encontra em:

A) As manifestações de ternura que descobri nela me deixaram sensibilizado.

B) Fui sensibilizado pelas manifestações de ternura que descobri nela.

C) Tendo descoberto nela manifestações de ternura, fiquei sensibilizado.

D) Fui me sensibilizando ao descobrir nela manifestações de ternura.

E) Quando me deixei sensibilizar, descobri nela manifestações de ternura.

A B C D E

cód. #6883

INEP - Português - 2018 - Exame - Linguagens, Artes, Educação Física, História e Geografia - Ensino Fundamental

Disponível em: http://imagenesdefb.com. Acesso em: 17 set. 2013.

A charge tem a função social de provocar reflexões a respeito de questões cotidianas por meio da crítica e do humor. Essa charge apresenta uma crítica social ao fato de

A) as pessoas idosas e as mulheres grávidas serem sonolentas.

B) as viagens de ônibus causarem sono, por serem muito lentas.

C) o ser humano desrespeitar as regras de convivência em sociedade.

D) os assentos no transporte coletivo serem insuficientes para todos os passageiros.

A B C D E

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