Questões de Sociologia para Vestibular

cód. #2172

UNICENTRO - Sociologia - 2019 - Vestibular - PAC - 3ª Etapa

Para Émile Durkheim, a compreensão da sociedade deve ser feita com base em um conjunto de ideias, continuamente alimentadas pelos homens que fazem parte dela, sendo a sociedade sempre superior ao indivíduo. Nesse contexto, ele criou características de análise, como coercitividade, exterioridade e generalidade.

Esses conceitos estão ligados a

A) Fato social.

B) Ética social.

C) Estrutura social.

D) Método social.

A B C D E

cód. #2173

UNICENTRO - Sociologia - 2019 - Vestibular - PAC - 3ª Etapa

Karl Max criticava o capitalismo, pois para ele essa corrente defendia apenas o interesse pelo dinheiro e pela busca de bens materiais como principio motivador da vida do homem. No seu conceito social, esse interesse não deve ser dominante de uma sociedade. Em um dos conceitos sociológicos defendidos por Marx, a matéria em movimento é o elemento constitutivo fundamental do universo, diferentemente do idealismo dialético de Hegel.


Esse conceito marxista denomina-se

A) Método dialético.

B) Modo de produção.

C) Materialismo histórico.

D) Comunismo.

A B C D E

cód. #5757

UEG - Sociologia - 2019 - Vestibular - Língua Inglesa

A sociologia nasce no contexto da consolidação da ciência enquanto forma de pensamento dominante. Com o desenvolvimento do capitalismo e a progressiva urbanização, alguns pensadores começaram a refletir sobre os problemas da sociedade em transformação, como a fome, o saneamento básico, as longas e fatigantes jornadas de trabalho etc. A partir desse momento, emerge a sociologia, como uma ciência com objeto e método específicos, e surgem os primeiros sociólogos. Um destes sociólogos foi Auguste Comte, que fundamentou a sociologia a partir do método positivista. O positivismo de Comte defende

A) que as ideias são desenvolvidas por seres humanos reais e históricos.

B) o estudo dos fatos sociais enquanto coisas exteriores aos indivíduos.

C) a unidade metodológica entre ciências naturais e ciências sociais.

D) que o conjunto das ações individuais constitui a sociedade.

E) a formulação de tipos ideais vazios de conteúdo histórico.

A B C D E

cód. #2174

UNICENTRO - Sociologia - 2019 - Vestibular - PAC - 3ª Etapa

A Sociologia surgiu no século XIX como uma necessidade de compreensão dos problemas sociais que estavam surgindo, entre eles destacaram-se a Revolução Industrial, as profundas alterações nas condições de vida do trabalhador braçal, os deslocamentos populacionais do campo para as cidades e a grande concentração urbana.


Auguste Comte buscou tentar entender as transformações sociais e suas consequências emergentes, utilizando-se, para isso, de um método denominado

A) Física social.

B) Positivismo.

C) Coerção.

D) Mais-valia.

A B C D E

cód. #5759

UEG - Sociologia - 2019 - Vestibular - Língua Inglesa

Ideologia

Cazuza
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Ah! Eu nem acredito

Que aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora
As festas do Grand Monde

Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
Ideologia!
Eu quero uma pra viver

O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs
Não tem nenhum rock 'n' roll
Eu vou pagar
A conta do analista
Pra nunca mais
Ter que saber
Quem eu sou
Ah! Saber quem eu sou

Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro!

Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
Ideologia!
Pra viver

Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro

Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
Ideologia!
Pra viver
Ideologia!
Eu quero uma pra viver

Disponível em: https://www.letras.mus.br/cazuza/43860/. Acesso em: 09 out. 2019.
O termo “ideologia” é um dos mais abordados na história da filosofia e da sociologia. Desde o surgimento da palavra e seu primeiro significado, com Destutt de Tracy, ela recebeu várias interpretações, entre as quais as de Marx e posteriormente Mannheim, até chegar a Ricouer e outros. A ideologia já foi concebida como falsa consciência, sistema de pensamento ilusório, pensamento valorativo, concepção metafísica pré-científica, visão de mundo, etc. A letra da música “ideologia” tematiza esse termo. A partir das concepções existentes sobre esse termo, podemos dizer que a ideologia, de acordo com a letra da música, se aproxima mais da concepção:

A) marxista, pois ela é apresentada como uma falsa consciência envolta em heroísmo, sonhos e ilusões.

B) hegeliana, já que ela aparece como sendo um chamado para o engajamento e luta para mudar o mundo.

C) gramsciana, tendo em vista que é algo de que precisamos para viver e agir, tal como uma visão de mundo.

D) de Mannheim, observando que é explícito seu vínculo com uma classe social ao tratar de poder e partido.

E) de Kant, afinal ela se revela um pensamento valorativo em relação ao mundo e sua decadência moral.

A B C D E

cód. #5760

UEG - Sociologia - 2019 - Vestibular - Língua Inglesa

No final dos anos 1960, uma crise na sociedade foi fortalecida por movimentos de contestação social. Entre estes movimentos destaca-se a rebelião de Maio de 1968 na França, em que estudantes se aliaram aos operários na contestação de diversos elementos da sociabilidade e das relações sociais existentes. Esta rebelião se constituiu em um marco para a organização política dos movimentos sociais, pois apresentava tendências

A) revolucionárias, contra a burocratização e a exploração entre classes sociais.

B) nacionalistas, contra a exploração dos nativos pelos estrangeiros.

C) intervencionistas, contra a desagregação da família tradicional.

D) liberais, contra a monarquia fundamentada no direito divino.

E) neoliberais, contra a intervenção estatal na economia.

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cód. #6038

NC-UFPR - Sociologia - 2019 - Vestibular - Conhecimentos gerais

Considere o seguinte excerto:
O estudo objetivo e sistemático da sociedade e dos comportamentos humanos é um desenvolvimento relativamente recente, cujos primórdios datam de fins do século XVIII. Um desenvolvimento-chave foi o uso da ciência para compreender o mundo - a ascensão de uma abordagem científica ocasionou uma mudança radical na perspectiva e na sua compreensão. Uma após a outra, as explicações tradicionais e baseadas na religião foram suplantadas por tentativas de conhecimento racionais e críticas. [...] O cenário que dá origem à sociologia foi a série de mudanças radicais introduzidas pelas “duas grandes revoluções” da Europa dos séculos XVIII e XIX. [...] A ruptura com os modos de vida tradicionais desafiou os pensadores a desenvolverem uma compreensão tanto do mundo social como do natural. Os pioneiros da sociologia foram apanhados pelos acontecimentos que cercaram essas revoluções e tentaram compreender sua emergência e consequências potenciais. (GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 27-28.)
Quais são as revoluções a que Anthony Giddens faz referência?

A) Revolução Russa e Revolução Chinesa.

B) Revolução dos Cravos e Revolução Francesa.

C) Revolução Industrial e Revolução Inglesa.

D) Revolução Francesa e Revolução Industrial.

E) Revolução Proletária e Revolução Comunista.

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cód. #6040

NC-UFPR - Sociologia - 2019 - Vestibular - Conhecimentos gerais

Considere o seguinte excerto da obra O povo brasileiro, do antropólogo Darcy Ribeiro:


A classe dominante empresarial-burocrático-eclesiástica, embora exercendo-se como agente de sua própria prosperidade, atuou também, subsidiariamente, como reitora do processo de formação do povo brasileiro. Somos, tal qual somos, pela forma que ela imprimiu em nós, ao nos configurar, segundo correspondia a sua cultura e a seus interesses. Inclusive, reduzindo o que seria o povo brasileiro, como entidade cívica e política, a uma oferta de mão-de-obra servil. Foi sempre nada menos que prodigiosa a capacidade dessa classe dominante para recrutar, desfazer e reformar gentes aos milhões. Isso foi feito no curso de um empreendimento econômico secular, o mais próspero de seu tempo, em que o objetivo jamais foi criar um povo autônomo, mas cujo resultado principal foi fazer surgir como entidade étnica e configuração cultural um povo novo, destribalizando índios, desafricanizando negros e deseuropeizando brancos. Ao desgarrá-los de suas matrizes, para cruzá-los racialmente e transfigurá-los culturalmente, o que se estava fazendo era gestar a nós brasileiros tal qual fomos e somos em essência. Uma classe dominante de caráter consular-gerencial, socialmente irresponsável, frente a um povo-massa tratado como escravaria, que produz o que não consome e só se exerce culturalmente como uma marginália, fora da civilização letrada em que está imerso.

(RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1995. p.178-179.)


Levando em consideração a hipótese do autor, em relação à formação da sociedade brasileira, às dinâmicas sociais e às formas de dominação, é correto afirmar:

A) O fortalecimento das elites empresarial, burocrática e eclesiástica se deu num processo de correlação de forças que visaram, num processo histórico de longa duração, a constituir um domínio econômico, a partir do qual as classes inferiores, por não disporem de poder e capital, foram alijadas do processo de dominação.

B) A igreja teve papel central na organização da vida colonial e imprimiu um sentido sagrado à dominação por longo tempo. Sua importância em relação à burocracia civil e às elites econômicas no Brasil foi de tal maneira preponderante, que a Inquisição se fez presente como forma de manutenção da ordem e do domínio dos portugueses sobre nativos indígenas e escravos africanos.

C) As mudanças sociais que ocorreram no Brasil desde sua colonização produziram um tipo de dominação secular, que associou as elites empresarial, burocrática e eclesiástica a um processo civilizacional intimamente associado a um estado de barbárie, em que as camadas subalternas sempre cumpriram um papel marginal no seu processo emancipação e esclarecimento.

D) O objetivo principal da cúpula patricial, toda ela oriunda da metrópole, era formar uma sociedade que fosse capaz de contribuir com a expansão dos limites territoriais da Coroa Portuguesa. Em contrapartida, essas populações nativas teriam o direito ao reconhecimento da cidadania lusitana.

E) O autor frisa que, apesar da dominação severa, ainda assim havia algum senso de solidariedade por parte das elites empresarial, burocrática e eclesiástica, sendo esses três grupos sociais responsáveis pela colonização do Brasil e possibilitando que camadas sociais inferiores, o povo, as massas, participassem da construção do país, de sua cultura e de sua unidade como “povo brasileiro”.

A B C D E

cód. #6041

NC-UFPR - Sociologia - 2019 - Vestibular - Conhecimentos gerais

O filósofo Gérard Lebrun, em seu livro intitulado O que é o poder, discorre sobre diferentes abordagens do conceito de poder. Na apresentação da obra, tece considerações sobre o binômio poder/dominação, tendo como referência a obra de Michel Foucault. Escreve Lebrun:
Quando a questão é compreender como foi e continua sendo possível a resignação, quase ilimitada, dos homens perante os excessos do poder, não basta invocar as disciplinas e as mil fórmulas de adestramento que, como mostra Foucault, são achados relativamente recentes da modernidade. Sua origem e seu sucesso talvez se devam a um sentimento atávico dos deserdados, de serem por natureza excluídos do poder, estranhos a este - talvez derivem da convicção de que opor-se a ele seria loucura comparável a opor-se aos fenômenos atmosféricos. Ainda que o poder não seja uma coisa, ele se torna uma, pois é assim que a maioria dos homens o representa. É preciso situar a tese de Foucault dentro de seus devidos limites: o homem condicionado, adestrado pelos poderes, é o privilegiado, o europeu. Não é o colonizado, não é o proletário do Terceiro Mundo (assim como não era o proletário europeu do século XIX). Estes, o poder não pensa sequer em domesticar: domina-os - e muito de cima. (LEBRUN, Gérard. O que é poder. São Paulo: Brasiliense, 2004, p. 08.)
Com base na reflexão desenvolvida por Lebrun, é correto afirmar que:

A) o conceito de poder tem a possibilidade de ser interpretado a partir de noções como “disciplina” ou “adestramento”, construídas no próprio sujeito, considerando ao mesmo tempo a natureza estrutural e as condicionantes macrossociais do poder que orientam os indivíduos à ação social.

B) as diferentes enunciações do conceito de poder presentes na obra de Foucault devem levar em consideração a situação dos trabalhadores novecentistas em países de Terceiro Mundo; do contrário o poder só pode ser entendido como narrativa dos opressores.

C) o poder é um fenômeno que prescinde das instituições políticas e sociais para que se manifeste e, conforme Lebrun, toda forma de poder é uma manifestação da domesticação e do adestramento do indivíduo para a ação coletiva, tendo como princípio a vigilância e a punição.

D) a explicação oferecida por Foucault possui limitações e não corresponde à realidade das relações de poder existentes no mundo moderno e contemporâneo, sobretudo quando se destaca a análise do proletariado do Terceiro Mundo.

E) as relações de poder serão compreendidas em profundidade se assumirmos como parâmetro de nossas análises os processos de colonização no século XIX e a opressão ao proletário do Terceiro Mundo.

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cód. #6042

NC-UFPR - Sociologia - 2019 - Vestibular - Conhecimentos gerais

Considere o seguinte excerto do texto intitulado Adolescência em Samoa, da antropóloga Margaret Mead:
Nas partes mais remotas do mundo, sob condições históricas muito diferentes daquelas que fizeram Grécia e Roma florescer e declinar, grupos de seres humanos desenvolveram padrões de vida tão diferentes dos nossos que não podemos arriscar a conjectura de que iriam chegar algum dia às nossas próprias soluções. Cada povo primitivo escolheu um conjunto de valores humanos e moldou para si mesmo uma arte, uma organização social, uma religião, que são sua contribuição singular para a história do espírito humano. Samoa é apenas um desses padrões diversos e graciosos, mas, assim como viajante que um dia se afastou de casa é mais sábio que o homem que nunca foi além da soleira da própria porta, o conhecimento de outra cultura deveria aguçar nossa capacidade de esquadrinhar com mais sobriedade, de apreciar mais amorosamente, a nossa própria cultura. (MEAD, Margaret. Adolescência em Samoa. In: CASTRO, Celso (org.). Cultura e personalidade: Ruth Benedict, Margaret Mead e Edward Sapir. Rio de Janeiro: Zahar, 2015, p. 28.)
A partir dessa consideração feita pela autora, é correto afirmar:

A) A antropologia demonstra que as práticas culturais da ilha de Samoa, situada no Pacífico Sul, foram imprescindíveis na composição dos valores e da visão de mundo que orientou a formação das sociedades grega e romana.

B) Uma cultura não ocidental será de extrema importância para os estudos antropológicos, pelo fato de o isolamento geográfico permitir ao antropólogo o despojamento de seus referenciais e, por conseguinte, produzir uma ciência neutra, sem viés ideológico.

C) O estudo de nossa própria cultura está estreitamente vinculado aos padrões de sociabilidade das comunidades nativas aborígenes, daí a importância dos habitantes da ilha de Samoa para os estudos antropológicos no Ocidente.

D) Samoa constituiu um padrão importante de dinâmica social, e considerá-lo nas análises antropológicas é constatar que a etnografia precisa ser aprimorada, a fim de que a história das sociedades primitivas não seja relegada ao esquecimento com o avanço da civilização.

E) Observar as práticas culturais e todo o sistema de valores de uma sociedade que estruturalmente diferencia-se dos padrões referenciais de quem observa permite não só compreender as dinâmicas sociais dos grupos observados como também refletir sobre as categorias de análise que possibilitam a mesma observação.

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